sábado, 13 de dezembro de 2008

O Menino do Pijama Listrado

O filme teve sua estréia em São Paulo nesse último fim de semana.
Trata-se de uma produção americana e inglesa e é mais uma que trata do Nazismo, que é, com certeza, um dos temas mais retratados no cinema.
A novidade do filme é trazer o assunto para a ótica de um garoto de oitos anos, filho de um comandante da SS, que se vê envolvido nas garras do regime. O filme trata principalmente da amizade entre o garoto alemão e um judeu, da mesma idade que a sua, que está preso num campo de concentração (Auschwitz, por certo) e as consequências quase previsíveis e dramáticas que isso vai acarretar.
Não há muita originalidade no filme, mas alguns momentos são bastantes comoventes. As situações se voltam para o mesmo tema já debatido e batido em dezenas e dezenas de filmes feitos sobre o holocausto judeu.
Nesse sentido, "A Vida é Bela" de Roberto Benigni é ainda o mais original de todos.
O momento mais marcantes é seu final, chocante, seguindo o desenrolar da trama. Um clímax que realmente provocará enorme supresa no espectador.

sábado, 29 de novembro de 2008

VICKY CRISTINA BARCELONA

É o novo filme de Woody Allen que estreou por aqui recentemente.
A crítica foi unânime em elogiá-lo como um excelente filme, alguns até vendo toques "almodovarianos".
Fui vê-lo ontem, e o filme é uma decepção! Cansativo, sem graça, o filme peca por "enrolar" demais para que situações previsíveis aconteçam, um palavrório sem fim, e para completar um narrador, que talvez é a única coisa original.
O filme vale pela presença fulgurante de Penélope Cruz, que rouba todas as cenas e que o papel deveria ter mais destaque e presença, e do excelente Javier Bardem que se destaca em todos os filmes que participa.
De Pedro Almodóvar, Allen só tomou a sua bela Espanha, e muito vagamente lembrou o humor ácido de algumas cenas.
De resto, um filme apenas cotado como regular. As duas atrizes principais, Rebecca Hall e a queridinha de Allen Scarlett Johansson são apenas passáveis.
Melhor deixar prá lá.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Beethoven por Leonard Bernstein



Esse tesouro do acervo da UNITEL finalmente nos chega em DVD.

Trata-se de uma maravilhosa integral de Beethoven nas mãos do grande Leonard Bernstein regendo a Orquestra Filarmônica de Viena e a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam.

Nesse box de 7 DVDs estão as 9 Sinfonias, os 5 Concertos para Piano, A Missa Solemnis, a versão para orquestra de Cordas do Quarteto opus 131, algumas Aberturas e a Fantasia Coral. Ao piano, nos concertos está Christian Zimmermann. Como curiosidade, Zimmermann gravou os concertos para piano Nº 3, 4 & 5 sob a batuta de Bernstein. Com a morte do maestro em 1990, Zimmermann o homenageou, gravando os concertos 1 & 2 solando-os e regendo a Filarmônica de Viena.

A caixa contém algumas gravações inéditas (as sinfonias e os concertos para piano já haviam sido lançados nos velhos tempos do Laser Disc) como a Missa Solemnis, com a Concertgebouw de Amsterdam, a Fantasia para Piano Coro e Orquestra (com o pianista Homero Franceschi) e o Quarteto Op. 131, versão para orquestra do lendário maestro Dimitri Mitropoulos.

"Normose"

Achei esse texto o máximo.
Merece ser lido e refletido sempre!


NORMOSE

Martha Medeiros ( 05.08.07)-Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal .Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido. Quem não se 'normaliza' acaba adoecendo.A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento .A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?Eles não existem.Nenhum João, Zé ou Maria bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos.Melhor se preocupar em ser você mesmo.A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa.Você precisa de quantos pares de sapato?Comparecer em quantas festas por mês?Pesar quantos quilos até o verão chegar?Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias.Um pouco de auto-estima basta.Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.O normal de cada um tem que ser original.Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.Eu não sou filiada, seguidora, fiel ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Salomé de Richard Strauss (DVD)

Salomé: Nadja Michael

Jochanaan: Michael Volle

Herodes: Thomas Moser

Herodias: Michaela Schuster

Narraboth: Joseph Kaiser

Royal Opera House Covent Garden, Londres

Regente: Philippe Jordan

Direção Cênica: David McVicar

Uma excelente gravação dessa que é uma das mais reverenciadas óperas da cena lírica, com a qualidade da Opus Arte, gravada em janeiro/2008 no Covent Garden de Londres.

O excelente diretor David McVicar transporta a ação de Salomé para algum lugar na 2a guerra, onde nazistas ou fascistas celebram a sua decadência. McVicar se inspirou francamente no filme de Pasolini "Saló, ou os 120 dias de sodoma".

Tudo teria sido perfeito, mas dois detalhes comprometaram o resultado final: Nadja Michael, que é uma mezzo-soprano, vem se aventurando no universo mais agudo, seguindo os passos de outras grandes cantoras, como Waltraud Meier, Violetta Urmana. Se lançar assim no papel de Salomé foi bastante arriscado. O personagem é um dos mais ingratos da cena lírica e somente cantoras tarimbadas são capazes de enfrentá-lo. O papel exige tanto no quesito musical, como no cênico. Na primeira parte o papel é uma mistura de inocência com lascividade e na segunda parte ela se transforma numa louca varrida. A cantora tem que saber dosar esses dois aspectos para não desandar o papel. Musicalmente é das mais difíceis interpretações e é justamente nesse aspecto que Nadja Michael deixa a desejar. É visível (ou audível) a sua dificuldade em alcançar algumas tessituras e em alguns momentos chega a desafinar (muito discretamente, obviamente). Não compromete, em hipótese alguma, o resultado final. Mas os perfeccionista sentirão alguma decepção, como eu senti.

O segundo detalhe que decepcionou foi o Herodes "inodoro" de Thomas Moser. O papel é ingrato. Nele, Strauss utilizou pela primeira vez na história da música o chamado "Sprechgesang" ou "canto falado". Um quase declamador/narrador. Isso torna o papel um "tour de force' para cantores e somente os mais experimentados são capazes de enfrentá-lo. Por não ter grandes momentos musicais, o cantor tem que ser um ótimo, ou melhor, um excelente ator, e nesse detalhe Thomas Moser deixou muito a desejar. Seu Herodes é fraco musical e cenicamente. Fica completamente fora de foco em momentos cruciais da trama por sua indiferença. Não há como compará-lo a outros grandes Herodes disponíveis em outras gravações em vídeo, como Horst Hiestermann e o melhor de todos, Kenneth Riegel.

Michael Volle é um Jochanaan correto, e Michaela Schuster rouba a cena nesse papel quase ingrato que é Herodias, tal como a grande e imortal Leonie Rysanek, e é claro, Astrid Varnay, duas lendas do canto que temos gravações em vídeo nesse papel.

A regência de Philippe Jordan (filho do saudoso e grande regente Armin Jordan) é empolgante, bem ao seu estilo grandioso e brilhante o que o confirma como um dos grandes regentes da nova geração. Philippe Jordan é convidado cativo das grandes casas de ópera da Europa, como Staattsoper de Viena, Zürich Oper, Berlin Staattsoper, ROH, Paris Opera e também no MET de New York.









sábado, 6 de setembro de 2008

A foto que ilustra a capa do meu blog é de uma execução da 8a Sinfonia de Gustav Mahler. Infelizmente ainda não consegui descobri qual a orquestra, solistas, regente... Mas continuarei procurando quem são os "performers".

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Que inverno!!!!

Isso é um inverno ou é um inferno?
Cadê o friozinho gostoso que inspira uma boa sopa, acompanhado de um ótimo vinho e papo com os amigos?
A coisa está cada vez mais complicada em mantéria de temperaturas, climas...
Eu é que não queria ser meteorologista nessa hora!!!!